quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Escreva

Fico confuso quando há letras que passeiam na minha mente procurando por um par.
Quando esses pares procuram por outros, ou por trios, ou até mesmo quando eles buscam letras que ficaram sozinhas;
Me sinto louco mais ainda quando as palavras que foram formadas saem correndo soltas e vazias procurando umas por outras,
num trânsito louco e perturbado.
Agora, já me sinto tonto quando essas frases recém formadas correm feito vagões de trem, que vão se juntando lentamente.
Finalmente, me sinto aliviado quando todo aquele ritmo frenético dentro da minha cabeça se transforma em um texto;
quem sabe um poema, uma canção, ou até uma crítica, ou uma simples opinião!
Mas, agora me sinto inseguro, pois não sei se devo expressar, insinuar, mostrar essas coisas que penso e sinto...
De expor essas palavras que pertencem ao meu pensamento;
E nesse momento volto a ficar confuso,
E no tempo em que fico indeciso, as palavras;
os textos,
os poemas e as canções,
tudo vai ficando mais lento, vai ficando congestionado.
Eles vão se afastando e se perdendo,
até que se tornem novamente sílabas,e depois em meras letras...
E tudo aquilo que estava pronto, esperando por ser dito, por ser escrito, vai se perdendo no espaço indefinido da minha mente.
Nessa hora eu sinto ódio.
E as palavras, tristeza. Numa dança melódica e desconexa.
Vazia... Perdidas
Letras agora inexpressivas. Insignificantes.
E eu, perco a chance de exprimir tudo que eu queria...
Tudo que me afligia, que precisava se soltar, se esvair
E que agora está pra sempre esquecido, pois aqueles textos não voltarão a ser os mesmos.
Não voltarão a ter o mesmo sentimento.
Por isso, não quero perder mais chances, não quero deixar que palavras se percam na minha mente.
Não quero mais deixar escapar o que me perturba,
me anima, fortalece, tudo que finalmente me descreve.
Vou me permitir falar.
Vou me permitir, enfim, escrever.
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